A metáfora tradicional para as seis consciências é uma casa com cinco aberturas, uma abertura em cada uma das quatro direções e outra no teto. Essas cinco aberturas representam as cinco consciências dos sentidos. Agora, imagine que alguém solte um macaco nessa casa. O macaco representa a consciência mental. Vendo-se de repente solto em uma grande casa, o macaco naturalmente enlouqueceria, pulando de abertura em abertura para explorar, procurando algo novo, algo diferente, algo interessante. Dependendo do que encontrasse, esse macaco maluco decidiria se um objeto percebido é agradável ou doloroso, bom ou ruim, ou, em alguns casos, entediante. Qualquer pessoa que passasse pela casa e visse um macaco em cada uma das aberturas poderia pensar que há cinco macacos soltos na casa. Entretanto, na verdade, há somente um: a consciência mental inquieta e não-treinada.
Mas, como qualquer outro ser senciente, tudo o que um macaco louco realmente quer é ser feliz e evitar a dor. Assim, é possível ensinar o macaco louco de sua própria mente a se acalmar ao deliberadamente concentrar sua atenção em um ou outro sentido.
trecho A Alegria de Viver de Yongey Mingyur Rinpoche
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