Meditação Prática pela Filosofia Budista

Meditação Prática pela Filosofia Budista

A experiência mais comum para quem medita pela primeira vez
é a percepção de quão tumultuada é nossa mente.
Somente quando tentamos aquietar a mente
é que percebemos que continuamente aparecem pensamentos, memórias, sons,
sensações físicas e visões.
Nós chamamos isso de “mente de macaco.”
Assim como o macaco que vemos no zoológico,
nossa mente pula de objeto em objeto quando chama sua atenção.
O sucesso de uma sessão de meditação depende de vários fatores,
incluindo seu estado mental prévio à meditação,
níveis de estresse, cansaço físico.
Assim, algumas sessões são boas e outras nem tanto.
Não espere muito, especialmente se você estiver começando.
Quanto mais você pratica, melhores serão as sessões.
Mas mesmo os experientes têm dias ruins de meditação.
Seja paciente, seja gentil consigo mesmo.
Seu Espaço de Meditação
A meditação pode ser praticada praticamente em qualquer lugar
e você não precisa de muito para praticá-la.
Uma almofada ou cadeira e uma mesinha serão suficientes.
É bom utilizar um quarto ou espaço específico para meditar.
Seu espaço para meditação deve ser confortável, limpo, organizado e o mais isolado possível de distrações.
Se você deseja criar um ambiente mais elaborado com objetos de inspiração, algumas fotos
eles podem ser de grande ajuda.
Mas não se distraia do objetivo do exercício: a Meditação.
No Tibet, a palavra meditação tem a ver com “familiarização.”
Através da Meditação, você pode familiarizar sua mente com estados e pensamentos benéficos.
Pensamentos como: de auxílio aos outros, de compaixão, de igualdade e de moralidade.
Você também pode começar a perceber que pensamentos como: ódio, cobiça e inveja
não são apenas distrações direcionadas aos outros, mas também a você mesmo.
Eles podem trazer muito sofrimento e infelicidade que você pode estar experimentando.
Como Meditar
O primeiro passo da sessão é checar sua postura.
É necessário estar confortável para evitar que se fique movimentando ou se distraindo.
Mas não fique relaxado demais a ponto de cair no sono ou experimentar torpor.
Cruze suas pernas, sentando numa almofada
Ou sente numa cadeira.
Com as palmas das mãos viradas para cima,
ponha sua mão direita sobre a esquerda com as pontas dos polegares se tocando suavemente.
Mãos descansando sobre o colo.
Mantenha suas costas eretas confortavelmente.
Não tão rígidas para não ocorrer desconforto ou tensão durante a meditação.
Relaxe seu maxilar e deixe sua língua atrás dos dentes superiores.
Incline levemente sua cabeça para a frente.
Seus olhos podem ficar fechados, mas isso aumenta a chance de você cair no sono.
Se você meditar com os olhos abertos, mantenha-os levemente abertos, olhando para baixo sem focar o olhar em nada.
Mantenha o nível de seus ombros.
E mantenha seus cotovelos levemente afastados de seu corpo.
Meditação sobre a respiração
Vamos tentar uma meditação simples.
Focando sua atenção na respiração, é possível aquietar ou tranqüilizar a “mente de macaco” e melhorar a concentração.
O objetivo é perceber a respiração enquanto ela entra e sai de seu corpo.
Concentre-se na subida e descida do abdômen ou na sensação do ar passando pelos seus lábios ou narinas.
A cada expiração, conte 1, 2, 3, etc.
Fixe uma meta atingível, digamos, 7 respirações para começar.
E quando as sensações de quietude, tranqüilidade e paz eventualmente aparecerem,
tente mantê-las o máximo possível e as experimente em sua completude.
Se você se distrair ou perder essa sensação, volte a se focar na respiração.
Você poderá ficar surpreso quanto à dificuldade de se fazer isso sem se distrair.
Mesmo uma pequena quantidade de respirações pode representar um desafio.
Isso depende do seu estado da mente, da sua saúde, dos níveis de estresse e do cansaço.
Vamos tentar.
A sabedoria aparece através de esforço; a sabedoria desaparece através da falta de esforço; conhecer esses dois caminhos de crescimento e declinar um o ajudará aumentando a sabedoria. Buda.
Existem vários tipos de distrações:
Sons, visões, sensações físicas, dor nos joelhos, dor nas costas e coceiras.
Boas memórias, memórias nem tão boas, lembranças de pessoas e coisas que você não pensava há tempo.
Se você estiver se distraindo facilmente, não fique brabo ou frustrado.
Essa é a natureza da “mente de macaco.”
E a percepção dessa natureza é, na verdade, um sinal de progresso.
A melhor forma de lidar com essas distrações é não se entregar a elas, nem tentar repeli-las.
Assim como elas aparecem na mente, elas também irão desaparecer.
Simplesmente perceba elas, retorne à concentração na respiração e retome a contagem.
Assim como uma mãe paciente traz de volta seu bebê inquieto ao berço,
devemos fazer o mesmo com nossa mente quando ela vagueia.
Pacientemente e gentilmente, traga-a de volta à respiração, compreendendo que, por sua natureza, a mente vagueia.
Ao fazer isso, não se deve se esforçar demais, pois a meditação deve ser algo prazeroso e inspirador.
Caso não dê para meditar, você deverá pensar na próxima sessão de meditação.
Não considere a meditação como uma tarefa. Isso pode fazer com que você a evite.
Se você começar a ficar frustrado, devido à aparente falta de sucesso na meditação
talvez seja melhor fazer um intervalo, dar uma caminhada, respirar um ar puro e talvez tentar de novo mais tarde.

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