Meditar parece fácil: sentar-se, respirar, concentrar-se de maneira relaxada. Então, por que não está todo mundo meditando? E por que tantas pessoas que começam a meditar não transformam a meditação em parte do seu cotidiano?
A resposta é que o nosso mundo interior e o nosso mundo exterior erguem barreiras entre nós e a meditação. As principais são as dúvidas com relação á meditação, levantadas pela nossa sociedade ocidental e pela nossa mente. Há também certas armadilhas espirituais e psicológicas em que os meditadores costumam cair quando não prestam atenção em sua prática.
Essas barreiras parecem intransponíveis. Mas, com um pouco de orientação, elas podem ser superadas com facilidade. Certas instruções podem ajudá-lo a aguçar a inteligência e a manter o equilíbrio.
Dúvida.
As suas primeiras experiências de meditação lhe trouxeram resultados
positivos: relaxamento, revitalização e aprofundamento espiritual. Mas você ainda resiste à idéia de meditar regularmente. Essa relutância quase inconsciente à meditação é natural.
A mente e os eus profundos sempre resistem à mudança, seja ela para uma nova cidade, para um novo círculo social ou para um novo emprego.
Essa resistência nos enche de dúvidas e costuma assumir a forma de temor e de ansiedade, que enfraquecem nossa disposição para meditar. É provável que você já tenha sentido suas dúvidas.
As dúvidas e os medos que nos perseguem são geralmente ecos de concepções
equivocadas que a sociedade nos ensina desde a infância. Esses mitos negativos, tão comuns em nosso meio, são produto da ignorância cultural, de equívocos gerados pela atitude antitética da sociedade ocidental, maniqueísta e racional, diante de tudo o que é oriental, intuitivo, artístico e imaginativo.
São, sem dúvida, essas preocupações que o perseguem quando você pensa em meditar. Você acha que a meditação vai ser muito difícil, que é uma religião (em conflito com a sua) ou um tipo de hipnose? Se for assim, o melhor antídoto é a verdade. Como diz a Bíblia: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Do livro O Melhor Guia de Meditação de Victor Davich