Para lidar com pessoas difíceis tente não julgar

Ao desenvolver atenção plena sem julgamento ao que acontece no agora, nós vamos conseguindo perceber nossos padrões de pensamento e condicionamento. Percebendo esses padrões sabemos com antecedência quais pensamentos, julgamentos, conclusões, etcetera teremos ao encontrar com certo tipo de pessoa.

Por exemplo, pessoas que falam alto demais me irritam. Sabendo disso já sei qual minha reação diante disso, sabendo qual minha reação posso simplesmente deixar ela surgir e cessar sem adicionar mais pensamentos e emoções a coisa toda. (Óbvio que falar é mais fácil que fazer)

O curioso é que se deixamos as pessoas serem exatamente como são, sem desejar que fossem diferentes é como se criássemos um espaço antes de agir, no caso o agir é o julgar, o pensar etc.

“entre estímulo e resposta, existe um espaço. Nesse espaço, encontra-se o poder de escolher nossa resposta. Em nossas respostas, residem nosso crescimento e nossa felicidade” (Viktor Emil Frankl)

Ao perceber esse processo, ao sentir ele dentro da alma mesmo, ao realizar esse insight (como dizem alguns), podemos ver esse pequeno espaço antes de nos tornarmos no nosso modo automático, no meu caso posso perceber minha irritação surgindo com pessoas que falam alto demais… cada um de nós tem o tipo de pessoa que nos irrita mais.

E assim, percebendo que esse não julgar pode ser muito eficiente podemos entrar em outro entendimento: permitir, dar liberdade total ao outro, nunca exigir nada do outro.

“Eu não tenho direito de exigir nada de você. Ah, sim, eu vou me proteger das consequências de suas ações ou de seus humores ou de seja lá o que for, mas você pode continuar em frente sendo aquilo que escolheu ser. Eu não tenho direito de exigir nada de você”. (Anthony de Mello)