Pratico meditação faz uns 6 ou 7 anos. Num momento não muito longe de hoje me vi desanimado, não tinha mais propósito para meditar. Não sei se foi a pandemia ou o que, o fato era esse. Rodei e rodei sem saber o que fazer, meditava forçado, poucos minutos, mas sempre mantinha a atenção plena em tudo (não tudo, é forma de falar) que fazia durante o dia. Então tomei uma atitude e me aconselhei com uma pessoa. Resumidamente ele disse assim: Agora medite mais 6 anos pelos outros já que por você não sente mais propósito, faça a meditação da compaixão pelas pessoas.
No dia seguinte caiu em minhas mãos a instrução de meditação da compaixão que parecia a mais certa para mim. É uma técnica bem simples de tonglen onde o meditante visualiza uma pessoa e inspira sentimentos, sensações, emoções ruins e negativas e expira coisas positivas, mesmo que seja um “tudo vai dar certo”.
Então você, por exemplo, inspira o medo que a pessoa sente e expira um sentimento de confiança em si mesmo, algo assim, vai do praticante.
O objetivo desse texto é somente dizer que os resultados são muito bons, até inexplicáveis. Como sou um tanto cético não imaginava que algo tão simples pudesse fazer tanto. E nada melhor para o ceticismo como a comprovação e a experiência, se não nos permitirmos como saberemos?
Saiba que no começo não é fácil, então comece devagar, com aqueles que ama mesmo, para depois evoluir e partir para situações onde somos tirados do sério por um motivo ou outro com situações e pessoas.
Se ainda não estiver pronto não precisa começar, está tudo certo como está e no seu tempo a coisa virá.
(E.)