Corrupção – Diálogo com Krishnamurti

Enquanto houver o desejo de ganhar, obter, se tornar, em qualquer nível, inevitavelmente haverá angústia, sofrimento, medo. A ambição de ser rico, de ser isto ou aquilo, se afasta apenas quando vemos a podridão, a natureza corruptora da ambição em si. No momento em que vemos que o desejo de poder sob qualquer forma – o poder de um primeiro ministro, de um juiz, um sacerdote, um guru – é fundamentalmente pernicioso, nós não mais vamos ter o desejo de ser poderosos. Mas nós não vemos que a ambição é corrupta, que o desejo de poder é pernicioso; ao contrário, dizemos que devemos usar o poder para o bem, o que é tudo tolice. Um meio errado nunca pode ser usado para um fim correto. Se o meio é pernicioso, o fim será também pernicioso. O bem não é o oposto do mal; ele só se manifesta quando aquilo que é mal cessa completamente. Assim, se não compreendemos toda a significação do desejo, com seus resultados, seus subprodutos, simplesmente tentar se livrar do desejo não tem significado. – Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti conversa com crianças e as faz pensar sobre a corrupção.

Jiddu Krishnamurti (1895-1986), foi um filósofo, escritor, e educador indiano. Entre os seus temas estão incluídos revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global.

Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do auto-conhecimento e da prática correta da meditação ao homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

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