Nenhum mestre é necessário.

Pode ser que estamos tão fragilizados que alguém que nos dê esperança parece brilhar como uma luzinha na escuridão. Talvez estejamos também um pouco entediados e histórias fantásticas e incríveis de pessoas tão especiais que têm como mentor gente importante e mesmo de fora do planeta, tudo tão incrível que nos tira do tédio e preenche esse vazio.

Cada um precisa ver por si mesmo, é o que sempre me vem quando escrevo essas coisas, mas continuo escrevendo e ignorando isso.

Um suposto mestre é mais prejudicial que nenhum mestre. Um mestre sem sabedoria é perigoso.

Nos tempos atuais a confusão e falta de honestidade parece grande nesse meio, mas ainda existem várias luzes de verdade iluminando o caminho, procure bem por elas e não acredite em nada, veja por você mesmo.

Krishnamurti:

Em primeiro lugar, para compreender a verdade, vocês devem estar sozinhos, inteiramente e totalmente sozinhos. Nenhum Mestre, professor, guru, sistema, nenhuma autodisciplina jamais levantará para vocês o véu que oculta a sabedoria. A sabedoria é a compreensão de valores duradouros e a vivência desses valores. Ninguém pode levá-los à sabedoria. Isso é óbvio, não é? Não precisamos nem discutir isso. Ninguém pode forçá-los, nenhum sistema pode impeli-los a se libertarem do instinto de posse, até que vocês mesmos compreendam voluntariamente, e nessa compreensão há sabedoria. Nenhum Mestre, guru, professor, nenhum sistema podem forçá-los a essa compreensão. Somente o sofrimento que vocês mesmos experimentam pode fazê-los ver o absurdo do sentimento de posse, do qual surge o conflito; e desse sofrimento vem a compreensão. Mas quando vocês procuram escapar desse sofrimento, quando procuram abrigo, conforto, então vocês devem ter Mestres, devem ter filosofias e crenças; então vocês se voltam para abrigos que lhes dá segurança, como a religião.

Adyar, 3ª Palestra Pública – 31 de dezembro de 1933

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