“Desde quando somos bebês até a universidade aprendemos a usar palavras, conceitos e idéias para fazer com que os outros nos compreendam. Mas durante a meditação você não está tentando comunicar a sua experiência para ninguém. Ao treinar a sua mente para que ela permaneça em silêncio, você fará com que ela silencie. Se você adicionar mais palavras à mente, ela, simplesmente, se manterá ocupada.
Todos já tivemos a oportunidade de observar pessoas sentadas ou andando pelas ruas conversando consigo mesmas. Elas são incapazes de silenciar a mente. Esse é um exemplo extremo da incapacidade de silenciar os pensamentos. Mas cada um de nós, do seu próprio jeito, nos debatemos com isso na vida diária e na meditação. No fundo é isso; a não ser que você tente, nunca será capaz de fazer com que os pensamentos cessem. Você só silencia os pensamentos quando tem a determinação de fazê-lo.
Preste total atenção àquilo que você experimenta através dos seis sentidos sem rotular aquilo que surgir. Existem certas coisas que você experimenta para as quais não são necessárias palavras. Você simplesmente as conhece. A sua mente as conhece. Você permanece com esse conhecimento. Ao sentir frio, a reação habitual é dizer para si mesmo, “Nossa, que frio.” Ao sentir calor, você pensa automaticamente, “Nossa, que calor.” Simplesmente, preste atenção ao frio que você estiver sentindo sem esse pensamento adicional. Sinta o calor sem verbalizar a experiência. Ao lembrar um lugar que você visitou, ou alguém com quem você conversou, ou um sorvete que você comeu, ou a mão de alguém que você segurou, tenha consciência desses objetos na sua memória, tão somente.”
Trecho de Os pensamentos nunca param? link leia mais