Nossa paciência

Quando nós vamos adentrando nesse processo de autoconhecimento as coisas vão devagar fazendo um certo sentido, não no sentido de explicar algo ou fazer com que tenha alguma lógica, não esse tipo de fazer sentido. É mais como uma aceitação de quem somos, do jeito que somos, essas coisas nossas…

O curioso é que eventualmente diante dessa “evolução” que vamos presenciando sempre esbarramos no outro, talvez esse seja nosso maior obstáculo: os outros. É difícil não usar clichês porque a linguagem é limitada pra expressar, mas lá vai: os outros somos nós, nós somos eles. Através deles estamos nos vendo.

Talvez porque nos outros vemos nós mesmos, nos irritamos, temos raiva, sentimos pena, algo como uma dor não sei onde, sentimos alegria de vez em quando bem raramente. Na maioria é raiva mesmo, contrariedade, birra. Gostamos de tudo do nosso jeito.

Então, nesse processo, observar o que o outro nos causa e onde ele nos cutuca é extremamente esclarecedor a nosso respeito. É preciso ter seriedade, curiosidade e calma nesse processo, são muitas décadas (em certos casos) de condicionamento. Assim como vamos desenvolvendo essa paciência para com os nossos erros e coisas que nos irritam sobre nós, vamos também aprendendo a perdoar e ter mais paciência com o outro.

Afinal as coisas são como são, as pessoas são como elas são e nós também. Entender isso intelectualmente vai um tempo, entender isso por dentro de forma experiencial (visceral ficaria melhor?) vai muito mais tempo e confusão, mas parece ser possível.

(Evito escrever aqui primeiro porque não me acho qualificado pra nada, segundo que se eu reler vou achar vários defeitos e apagar tudo. A linguagem é muito pobre pra tentar passar o que experienciamos. Espero ter feito algo que fique claro)