O interessante é que sempre se volta ao mesmo lugar: sem ética, concentração e sabedoria não existe profundidade na coisa. Sem profundidade não existe transformação real.
Trecho da entrevista de Ronald Purser falando sobre como McMindfulness está a serviço do capitalismo espiritual :
Temos que ver o mindfulness secular como uma invenção ocidental moderna que é basicamente uma técnica eticamente neutra. Não existe consenso, mesmo entre os professores e investigadores de mindfulness sobre o que significa, como é definido, ou praticado. O mindfulness moderno foi (erradamente) confundido com budismo e meditação budista, o que é muito lamentável.
Os ensinamentos e práticas do mindfulness budista sempre integraram uma uma estrutura de treino com três ramos, que incluía ética, concentração e sabedoria. O mindfulness moderno essencialmente foi buscar práticas de concentração simples que são eticamente neutras e que enfatizam o “não julgar” e a “aceitação”. Esta neutralidade ética e moral permite que o mindfulness seja desenvolvido em estruturas corporativas e militares, com objetivos e finalidades questionáveis.