É engraçado como temos essa habilidade para complicar tudo, mesmo uma simples refeição. Outro dia comi um delicioso espaguete a bolonhesa com tudo gostoso, a massa, o molho e carne, uma delícia! Bem temperado etc. No entanto, outra pessoa não comeu o mesmo que eu.
Ela dizia assim “a carne não deveria estar assim, o molho não é desse jeito, bolonhesa é de outro jeito e blá blá blá”
Quer dizer, ela comeu outro macarrão que não o que ela tinha idealizado e é claro que ao invés de encher o estômago ela se encheu de desilusão. Não que ela esteja errada e eu certo, só estou mostrando os dois pontos de vista.
E parece que isso é o que fazemos com tudo. Nosso prato está sempre cheio (pra usar a ideia da xícara vazia) e nesse prato já temos um almoço idealizado – “Essa lasanha vai vir assim e assado com o molho x e y” – e então se somos surpreendidos, que é o que geralmente acontece, ficamos contrariados igual uma criança.
E o pior! Nós não conseguimos aproveitar o novo, o diferente, já que estamos limitados por aquilo que achamos o certo.
Dessa forma ficamos fechados quando deveríamos nos manter abertos. Ficando fechados podemos até encontrar alguma sensação de segurança, mas estando abertos, e talvez inseguros, nós conseguimos desfrutar daquilo que a vida no apresentar, mesmo que não aconteça da forma que gostaríamos.
(E.)
A gente vive num mundo conceitual que se aplica a tudo: ao que comemos, ao que os outros são, ao que nós somos… E estamos constantemente comparando a realidade com essa realidade paralela. E aí, é decepção na certa mesmo, como você bem colocou.
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