Todas as nossas decisões sobre o que é e o que não é são apenas decisões tomadas de acordo com o que parece à nossa mente; eles não têm outra base qualquer. Portanto, quando perguntamos: “Isso existe ou não?” e a outra pessoa responde: “Existe”, na verdade, estamos perguntando: “Isso parece existir para sua mente ou não?” e a resposta é simplesmente: “Parece-me existir.” Da mesma forma, tudo o que se pergunta – melhor ou pior, bom ou ruim, bonito ou feio – é de fato apenas questionado para entender como a outra pessoa pensa. Que a outra pessoa tome uma decisão e responda é, de fato, apenas uma decisão tomada de acordo com o que parece à sua própria mente; não há outra razão alguma. Portanto, contanto que as idéias de duas pessoas estejam em desacordo, elas discutirão. Quando eles concordam, o que eles concordam será colocado na classe do que é, o que existe, o que pode ser conhecido, o que é válido e assim por diante. Assim, quanto mais pessoas concordarem, mais o ponto em que concordam se torna de grande significado e importância. Visões contrárias são consideradas visões erradas, percepções equivocadas e assim por diante.
– Gendun Choepel
do livro “The Madman’s Middle Way: Reflections on Reality of the Tibetan Monk Gendun Chopel”