A mesma coisa serve para as pessoas com quem temos problemas. Este é um dos maiores desafios que temos na vida cotidiana: relacionamentos. Vocês têm de ter relacionamentos com pessoas em casa, vocês têm de ter relacionamentos com pessoas no trabalho. Nós não podemos escapar de relacionamentos. Então, peguemos o exemplo de alguém que faz da vida de vocês uma desgraça, criando problemas, gerando sofrimento pra vocês. Uma maneira interessante de lidar com uma pessoa assim é toma-lá como seu professor, seu guru. Assim, vocês aprendem a usar essa pessoa para observar sua própria mente, para ver suas próprias reações àquela pessoa. Então vocês perceberão que o problema não é com aquela outra pessoa, mas como vocês estão se relacionando com ela, como vocês estão reagindo àquela pessoa.
Esta é a beleza do ensinamento do Buddha. Se o sofrimento está fora, nunca podemos nos libertar do sofrimento. Mas porque estamos criando nosso próprio sofrimento, então podemos nos libertar do sofrimento. Às vezes, eu defino a meditação como encontrar o remédio para a doença que nós mesmos criamos. Então, como nós criamos a doença, temos de descobrir o medicamento.
Logo que descobrimos que a meditação é o remédio, temos de usá-lo, temos de aplicá-lo na vida diária. Algumas vezes, como sabem, um remédio pode ser desagradável, nem sempre é doce, nem sempre é bom de tomar, mas se queremos nos curar, mesmo sendo desagradável, temos de tomá-lo. Então, estas experiências desagradáveis que temos, dor física, dor mental, são desagradáveis sim, mas, como tenho dito, temos de aprender com elas, elas têm de ser o nosso objeto de meditação.
Esse é apensa um trecho de um livro completo que pode ser lido online no link: https://nalanda.org.br/o-caminho-gentil-da-meditacao – O CAMINHO GENTIL DA MEDITAÇÃO -Godwin Samararatne.