Temos que aprender a ser mais gentis conosco mesmos, muito mais gentis. Sorria muito, embora ninguém esteja vendo você sorrir. Ouça o seu próprio riacho, ecoando a si mesmo. Você pode fazer um bom trabalho. Na prática sentada da meditação, quando você começa a ficar quieto, centenas de milhares, milhões e bilhões de pensamentos passam pela sua mente. Mas eles simplesmente passam e apenas os que são dignos deixam seus ovos para trás. Temos que nos deixar algum tempo para ser. Você não verá a visão de Shambhala, nem sobreviverá, a menos que se deixe um minuto para ser, um minuto para sorrir. Por favor, se divirta.
– Chögyam Trungpa
*Shambhala: Shambhala foi inspirado pela antiga lenda do Reino de Shambhala, o qual dizia-se que era uma sociedade onde o senso de destemor e de gentileza em suas responsabilidades sociais advinham da prática da meditação. A lendária história do Reino de Shambhala é uma visão-guia para a cultura asiática há séculos e também encontra alguns paralelos na cultura ocidental. Shambhala representa o ideal da iluminação secular, ponto de vista este onde todos os aspectos de uma civilização – família, comércio, educação, ciência, artes, religião – podem ser permeados com um senso natural do sagrado.