Quanto a esta doutrina Zen nossa, desde que foi transmitida pela primeira vez, nunca ensinou que as pessoas devessem aprender de eruditos ou formar conceitos. ‘Praticar o Caminho’ é somente uma maneira de falar. É um método para despertar o interesse das pessoas nos primeiros estágios de seus desenvolvimentos. De fato, o Caminho não é algo que possa ser estudado. O estudo leva à retenção de conceitos e então o Caminho é completamente mal entendido. Além disso, o Caminho não é algo especialmente existente; é chamado a Mente do Mahayana – Mente que não pode ser achada dentro, fora ou no meio. Verdadeiramente não está localizada em parte alguma. O primeiro passo é se restringir de conhecimentos baseados em conceitos. Isso implica que se você fosse seguir o método empírico até o fim, ao atingir aquele limite ainda seria incapaz de localizar a Mente. O caminho é uma Verdade espiritual e era originalmente sem nome ou título. Foi tão somente porque as pessoas ignorantemente buscaram por tal que os Budas apareceram e o ensinaram para erradicar este método de prática. Temendo que ninguém fosse compreender, eles selecionaram o nome ‘Caminho’. Você não deve permitir que este nome o leve a formar um conceito mental de uma estrada. Então foi dito, ‘Quando o peixe é pego não mais prestamos atenção à armadilha’. Quando corpo e mente atingem a espontaneidade, o Caminho é alcançado e a Mente compreendida. Um sramana se chama isso porque ele penetrou até a fonte original de todas as coisas. O fruto de atingir o estágio do sramana é ganho colocando um fim a toda ansiedade; não vem de aprendizado de livros.
Do livro Os Registros de Huang Po ou Os Ensinamentos Zen de Huang Po