O voto de bodhisattva reconhece confusão e caos – agressão, paixão, frustração, frivolidade – como parte do caminho. O caminho é como uma estrada larga e movimentada, com bloqueios de estradas, acidentes, obras e polícia. É bastante assustador. No entanto, é majestoso, é o grande caminho. “De hoje em diante, até atingir a iluminação, estou disposto a viver com meu caos e confusão, bem como com o de todos os outros seres sencientes. Estou disposto a compartilhar nossa confusão mútua. ” Portanto, ninguém está jogando um jogo de superioridade. O bodhisattva é um peregrino muito humilde que trabalha no solo do samsara para desenterrar a joia nele embutida.
– Chögyam Trungpa
É dito “O bodhisattva é um peregrino muito humilde” mas essa humildade não é forçada, não é o contrário de ser vaidoso, é antes de tudo o reconhecimento que também se é vaidoso, igual a todo ser humano existe a vaidade dentro de cada um, somente reconhecer isso já basta para não cair na ilusão de pensar “eu sou muito humilde, preciso ser humilde, preciso me mostrar humilde”. Essa é a humildade de saber que nada sabe, de saber que é um ninguém.
E.