Senhor, quanta confusão você trouxe para a mente do homem!

“…conversa apócrifa entre Confúcio e Lao-tzu, na qual o primeiro estava discorrendo sobre o amor universal sem o elemento do eu. “Que bobagem!”, gritou Lao-tzu. “O amor universal não é uma contradição em si mesmo? A sua eliminação do eu não constitui uma manifestação positiva do eu? Senhor, se você quiser que o mundo não perca sua fonte de subsistência: eis o universo, com sua regularidade ininterrupta; o Sol e a Lua, com seu brilho constante; as estrelas, com suas constelações imutáveis; as aves e os animais selvagens, que não deixam de se reunir em bandos; as árvores e arbustos crescendo invariavelmente. Assim como eles, viva em harmonia com o Tao –do jeito como as coisas são –e seja perfeito. Por que, então, esses esforços vãos de caridade e o dever para com o próximo, que são como golpear um tambor em busca de um fugitivo? Senhor, quanta confusão você trouxe para a mente do homem!”

Em um livro de Alan Watts. Torne se o que você é o nome do livro.

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