A mais importante fonte de metta*, e essa pode ser uma surpresa, é a prática da atenção plena. A atenção plena está intimamente ligada a metta e possui até um aspecto de metta dentro de si. Pois estar com atenção plena é estar completamente aberto e receptivo a qualquer coisa presente.
Um ditado Zen Chinês compara a atenção plena a um anfitrião que está recebendo amigos em casa para uma reunião. O anfitrião fica na porta e cumprimenta cada convidado conforme eles entram e se despede de cada um deles quando partem, com total atenção, um após o outro. Não há preferência por um em relação ao outro, antipatia por um ou outro. Há apenas o interesse genuíno e a atenção para com quem quer que seja que cruze a porta.
A atenção total é uma grande dádiva. Quando você dá para alguém a sua total atenção, você está-lhe oferecendo respeito. Proporcionar atenção incondicional a outrem é aceitar aquela pessoa totalmente e reconhecer o seu valor. Nesse momento de completa atenção, um profundo vínculo humano é sentido. A outra pessoa sente esse interesse compassivo e provavelmente irá corresponder.
Trecho em artigo sobre a Raiva e abordagem budista: http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/raiva.php
*Mettā (Páli: मेत्ता em Devanagari)ou maitrī (Sânscrito: मैत्री) é benevolência, afabilidade, amizade, bondade, união mental próxima (sinergia), e interesse ativo nos outros.[1]
É um dos dez pāramīs da Escola Teravada de Budismo e o primeiro dos quatro estados sublimes (Brahmavihāras). Este é o amor sem apego (upādāna).