Embora meditemos muito enquanto andamos ou trabalhamos, quando, formalmente, sentamos para meditar, devemos ser cuidadosos em manter uma atitude reverente, sentando e respirando corretamente.
Caros amigos, apesar de muitos benefícios poderem ser adquiridos pelos nossos esforços, a meditação é um exercício espiritual, não um regime terapêutico. Não praticamos para combater ou tratar distúrbios psicológicos, ou nos ajudar a lidar com as frustrações do ego. Meditamos para transcender a consciência do ego e compreender a nossa Natureza de Buddha. Nossa intenção é entrar no Nirvāṇa e não tornar a vida no Saṁsāra mais tolerável.
Esta instrução pode ser um pouco confusa, eu sei. Muitas pessoas pensam que estão meditando quando atingem um estado pacífico e quieto. Elas esperam e anseiam pela prática porque desfrutam, por mais ou menos uma hora, da paz e da quietude que a meditação lhes dá. Mas o quietismo não é meditação. Encurralar um cavalo selvagem não é domá-lo ou torná-lo dócil às rédeas. Ele pode descansar por um momento e parecer tranqüilo. Ele pode até começar a galopar. Mas, quando o portão é aberto, escapará tão selvagem quanto era antes.
Trecho de Nuvem Vazia: Os Ensinamentos Zen de Hsü Yun