Acendendo a chama da autoconsciência – Krishnamurti

Se você acha difícil estar consciente, então experimente anotar cada pensamento e sentimento que surge ao longo do dia; anote suas reações de inveja, ciúme, vaidade, sensualidade, as intenções por trás de suas palavras, e assim por diante. Use algum tempo antes do café da manhã anotando-as, o que pode necessitar que se vá para cama mais cedo e deixar de lado algum assunto social. Se você anotar estas coisas quando puder, e a noite antes de dormir examinar tudo que escreveu durante o dia, estudar e examinar sem julgamento, sem condenação, começará a descobrir as causas ocultas de seus pensamentos e sentimentos, desejos e palavras. Ora, o importante nisto é estudar com livre inteligência o que você anotou, e ao estudar você ficará consciente de seu próprio estado. Na chama da autoconsciência, do autoconhecimento, as causas do conflito são descobertas e consumidas. Você deveria continuar anotando seus pensamentos e sentimentos, intenções e reações, não uma vez ou duas, mas durante um considerável número de dias até ser capaz de estar consciente deles instantaneamente. Meditação não é apenas constante autoconsciência, mas constante abandono do ego. A partir do pensamento correto há meditação, da qual vem a tranquilidade da sabedoria; e nessa serenidade o mais elevado se realiza. Anotar o que se pensa e sente, os desejos e reações, gera uma consciência interna, a cooperação do inconsciente com o consciente, e isto leva à integração e compreensão.

Krishnamurti, J. Krishnamurti, The Book of Life

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