A abordagem da atenção plena na vida é que, se você está meditando em uma sala, está meditando em uma sala. Você não considera a sala uma caverna. Se você está respirando, está respirando, em vez de se convencer de que é uma rocha imóvel. Você mantém os olhos abertos e simplesmente se deixa estar onde está. Não há imaginação envolvida com essa abordagem. Você apenas segue sua situação como ela é. Se o seu local de meditação estiver em um ambiente rico, fique no meio dele. Se estiver em um ambiente simples, basta estar no meio disso. Você não está tentando fugir daqui para outro lugar. Você está sintonizando de forma simples e direta com sua vida. Esta prática é a essência do aqui e agora. Dessa forma, a meditação se torna uma parte real da vida, e não apenas uma prática ou exercício. Torna-se inseparável do instinto de viver que acompanha a existência de todos. Esse instinto de viver pode ser visto como contendo consciência, meditação, atenção plena. Ele constantemente nos sintoniza com o que está acontecendo.
Chögyam Trungpa
from the book “The Sanity We Are Born With: A Buddhist Approach to Psychology