No trabalho a gente fica em contato com todo tipo de pessoa. Um dos tipos que mais me chamam atenção é aqueles sem atenção alguma. Você fala com eles e pelo olhar percebe que não estão com uma escuta atenta, é puro devaneio na mente e você ali falando.
Pra mim nem tem problema porque eu vou repetindo e relembrando quantas vezes for necessário, mas eu sinto pelo pessoa quando a percebo nesse estado. No final das contas elas trabalham muito mais e em estresse constante já que as informações práticas para o funcionamento do dia a dia se misturam aos seus devaneios, julgamentos, conclusões e um pensamento vai puxando outro formando aquela tagarelice mental que cansa demais.
E sei disso porque já tive uma mente muito tagarela, na verdade ainda tenho, só não dou mais atenção pra ela.
Se você está só em sua casa a mente tagarela vai também causar estresse, medo etc. Só que no trabalho a coisa parece ganhar uma dimensão maior porque além dos seus próprios estímulos existe também o estímulo do outro que está ali. Algo que alguém fala, um olhar, um resmungo, uma postura corporal, tudo isso nos causa estímulos (talvez alguns inconscientes) que nos geram uma resposta.
É como aquele frase famosa do Viktor Frankl:
“Entre estímulo e resposta há um espaço. Nesse espaço está nosso poder de escolher nossa resposta. E é nela que reside o crescimento e nossa liberdade”
É brilhante a frase, mas quem reconhece esse espaço?
É aqui que entra a prática da atenção. Seja por meditação, mindfulness, o que for, o importante é começar a notar esse espaço, a prestar atenção ao que escuta, vê e fala. Atenção ao corpo. Atenção a respiração e por aí vai…
Atenção é observação passiva.
É possível.
E.