Existe um antigo ditado que diz que a mente assume a forma dos objetos nos quais se apoia. Com base no que aprendemos a respeito da neuroplasticidade dependente da experiência, uma versão moderna desse ditado diria que a forma que o cérebro assume depende daquilo em que a mente se apoia. Se você apoiar sua mente na autocrítica, nas preocupações, na ranzinzice com os outros, na dor e no estresse, então sua mente será mais reativa, vulnerável à ansiedade e à depressão, concentrando-se nas ameaças e nas perdas e ficando predisposta à raiva, à tristeza e à cos, em suas boas intenções e qualidades, então seu cérebro assumirá uma forma diferente com o passar do tempo, incorporando força e resiliência, bem como uma perspectiva realisticamente otimista, um humor positivo e um senso de merecimento. Se você fizer um balanço da última semana, por exemplo, quais têm sido os principais apoios de sua mente? Na verdade, o principal modelador do cérebro é aquilo a que você dedica atenção – aquilo em que sua mente se apoia. Embora algumas coisas prendam naturalmente a atenção da pessoa – como um problema no trabalho, uma dor física ou uma preocupação séria –, de modo geral somos muito influenciados por aquilo em que nossa mente se apoia. Isso significa que você pode prolongar deliberadamente, e até mesmo criar, as experiências que irão moldar seu cérebro para melhor.
Do livro O cérebro e a felicidade de Rick Hanson.

Livro fácil e bom pra ler. O autor é psicólogo e professor de meditação. Embora o livro siga aquele roteiro meio fixo dos livros sobre pesquisas científicas – o que pra mim é um tanto chato – ainda dá para ir lendo e pegando o que importa.