Em todas as suas ações o Sábio* parecia unificado com tudo o que o cercava; com os outros, com a Natureza e com o próprio Cosmos.
Os seus movimentos, nos mais pequenos detalhes eram harmónicos e elegantes. Nada em si denotava ansiedade, inquietude, tudo era Paz, ausência de conflagrações interiores.
Um jovem questionou-o:
– Diga-me, qual o segredo da sua serenidade, dessa Paz que nada parece abalar?
Respondeu o velho Sábio:
– A irrestrita cooperação com o inevitável.
(Essa é um desses pequenos ensinamentos orientais de um livro chamado A Iluminação de Anthony de Mello)
- A palavra original ali era Sage, optei por Sábio: O termo sageza está correcto e significa «carácter do que ou daquele que é sage». E sage, por sua vez, é «aquele que alia a virtude à sabedoria; aquele cujos juízos e cujo comportamento são inspirados e governados pela rectidão de espírito, pelo bom senso; aquele que só estima os verdadeiros bens e, por isso, vive sem as ambições, as inquietações e as decepções que perturbam a existência do homem comum; filósofo». Sagacidade é outra coisa: «qualidade do que é sagaz; agudeza de espírito; finura; perspicácia», etc. (in Dicionário da Porto Editora). fonte