O terceiro inimigo da compaixão é a compaixão idiota. É quando evitamos conflitos e protegemos nossa boa imagem sendo gentis, quando deveríamos definitivamente dizer “não”. Compaixão não significa apenas tentar ser bom. Quando nos encontramos em um relacionamento agressivo, precisamos estabelecer limites claros. A coisa mais gentil que podemos fazer por todos os envolvidos é saber quando dizer “basta”. Muitas pessoas usam os ideais budistas para justificar a auto-aviltamento. Em nome de não fechar nosso coração, deixamos que as pessoas pisem em nós. Diz-se que, para não quebrar nosso voto de compaixão, temos que aprender quando parar a agressão e estabelecer limites. Há momentos em que a única maneira de derrubar barreiras é estabelecendo limites.
– Pema Chödron do livro “The Places That Scare You: A Guide to Fearlessness in Difficult Times”